Dismorfia Corporal, Saúde Mental e o Papel da Cirurgia Plástica
- Mariana Goldstein
- 22 de ago.
- 2 min de leitura
A relação entre autoestima, aparência e saúde mental é profunda e, muitas vezes, complexa. Entre essas interseções está o Transtorno Dismórfico Corporal (TDC) — uma condição psicológica em que a pessoa desenvolve uma preocupação excessiva e distorcida com algum aspecto de sua aparência.
O que é a Dismorfia Corporal?
A dismorfia corporal é um transtorno caracterizado por:
Preocupação intensa com defeitos mínimos ou inexistentes na aparência.
Comportamentos repetitivos, como checar excessivamente o espelho, comparar-se a outras pessoas ou buscar procedimentos estéticos de forma compulsiva.
Prejuízos importantes na vida pessoal, social e até profissional.

O TDC não é apenas insatisfação estética — é um transtorno de saúde mental que requer atenção especializada.
Como Isso Impacta a Saúde Mental?
A dismorfia corporal está associada a:
Ansiedade e depressão
Baixa autoestima
Isolamento social
Dificuldade de aceitação corporal
Prejuízo nas relações e no desempenho no trabalho
Ideação suicida nos casos mais graves
Por isso, deve ser tratada com seriedade e sensibilidade.
E qual é o papel da Cirurgia Plástica?
A cirurgia plástica tem um papel importante na reconstrução, harmonização e melhoria da autoestima, mas deve ser realizada de maneira ética e responsável.
Em pacientes com dismorfia corporal, alguns pontos são fundamentais:

Avaliação criteriosa
O cirurgião precisa avaliar não apenas o aspecto físico, mas também:
Expectativas do paciente
Histórico de procedimentos
Grau de sofrimento relacionado à aparência
Sintomas de possível TDC

Encaminhamento para acompanhamento psicológico
A integração entre cirurgia plástica e saúde mental é essencial. Pacientes com suspeita de TDC se beneficiam de:
Psicoterapia
Acompanhamento psiquiátrico, quando necessário
Acolhimento multidisciplinar

Evitar procedimentos quando não há indicação
Em pacientes com dismorfia corporal ativa, a cirurgia muitas vezes não resolve o sofrimento emocional, podendo até intensificá-lo.

O objetivo é cuidar da pessoa, não apenas da aparência
Uma cirurgia plástica bem indicada pode transformar vidas — mas somente quando existe equilíbrio entre saúde física, emocional e expectativas realistas.
A importância de falar sobre isso
Vivemos em uma era de filtros, padrões irreais e comparações constantes. O resultado é um aumento de:
Insatisfação com o corpo
Busca exagerada por procedimentos estéticos
Transtornos relacionados à imagem corporal
Falar sobre dismorfia corporal é fundamental para promover:
Autoconsciência
Relação saudável com a própria aparência
Decisões estéticas responsáveis
Cuidado integral com a saúde
No Santa Sara Day Hospital, nossos profissionais atuam com rigor científico, responsabilidade e profundo respeito à saúde física e emocional de cada paciente. Antes de qualquer indicação cirúrgica, realizamos uma avaliação completa, buscando compreender expectativas, necessidades e o contexto mental e emocional de cada pessoa. Nosso compromisso é oferecer cuidados seguros, éticos e humanizados — sempre priorizando o bem-estar global do paciente e garantindo que cada decisão seja tomada com clareza, consciência e acolhimento.


