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Enxerto de Gordura: quais os riscos — e por que a precaução é fundamental

  • Foto do escritor: Mariana Goldstein
    Mariana Goldstein
  • 26 de nov.
  • 3 min de leitura

O enxerto de gordura (também chamado de lipoenxertia ou lipotransferência) é um procedimento bastante utilizado na cirurgia plástica para oferecer volume ou contorno corporal — seja no rosto, nos glúteos, mamas ou em outras regiões. Apesar de ser uma técnica reconhecida, ela não é isenta de riscos.

Entender esses perigos e as alternativas disponíveis é essencial para quem avalia esse tipo de cirurgia.

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Quais são os principais perigos e complicações do enxerto de gordura?

Mesmo quando realizado por profissionais capacitados e com técnica adequada, o enxerto de gordura pode apresentar complicações, das mais leves às mais graves. Entre os problemas descritos na literatura médica estão:

  • Inchaço, hematomas, edema e equimoses.

  • Absorção parcial ou total da gordura enxertada — o volume pode diminuir com o tempo, exigindo retoques.

  • Nódulos, cistos de óleo, calcificações ou áreas endurecidas — risco de necrose gordurosa.

  • Irregularidades de contorno, deformidades, assimetrias, depressões ou ondulações na pele.

  • Infecção, seroma, hematoma, complicações de cicatrização.

  • Quando a gordura é injetada em plano profundo ou de forma inadequada — especialmente glúteos — há risco de embolia gordurosa, que pode levar a consequências graves como comprometimento pulmonar, AVC, cegueira ou até morte.

  • Necessidade de cirurgias adicionais (correções, remoção de gordura necrosada, retoques, tratamento de complicações).

Importante: um estudo recente apontou complicações graves em cerca de 6,2% dos casos de enxerto intramuscular de gordura — um risco significativo, que reforça a necessidade de técnica rigorosa e avaliação qualificada.

Estatísticas: quão comuns são os problemas?

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  • Uma revisão sistemática global recente estimou que a incidência combinada de complicações relacionadas ao enxerto de gordura é de 4,2% para os procedimentos em geral (incluindo face, corpo, mama).

  • Em um estudo de lipoenxertia realizada em hospital público universitário entre 2015 e 2018, a reabsorção de gordura foi observada em 62% dos casos — ou seja, mais da metade dos pacientes perdeu parte significativa do volume esperado.

  • Entre procedimentos de aumento de glúteos por enxerto de gordura, complicações aumentam sensivelmente quando a gordura é injetada em planos profundos ou em volumes elevados — situação de risco para embolias e outras intercorrências graves.

Esses dados mostram: embora a lipoenxertia possa parecer “simples”, ela envolve variáveis que podem trazer problemas sérios, sobretudo se a técnica não for correta ou se houver excesso de volume.

Quais são as alternativas mais seguras à lipoenxertia?

Dada a variabilidade de riscos, algumas alternativas podem ser consideradas dependendo do objetivo estético ou reparador:

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  • Próteses ou implantes aprovados — em aumentos corporais ou glúteos, próteses bem instaladas podem oferecer um contorno definido sem risco de reabsorção ou embolia.

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  • Ácido hialurônico por ser um material biocompatível, absorvível e aprovado pelas principais autoridades de saúde, ele apresenta alta segurança quando aplicado por profissionais habilitados.

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  • Abordagens combinadas e planejadas — em alguns casos, cirurgia plástica clássica com remodelação e uso de enxerto quando indicado, respeitando volumetria e plano correto.

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  • Avaliação médica rigorosa, exame pré-operatório completo e acompanhamento pós-operatório atento — fatores fundamentais para segurança e sucesso.



Por que o acompanhamento médico e a escolha de profissionais qualificados são cruciais

O sucesso — e, sobretudo, a segurança — do enxerto de gordura depende muito da técnica, da experiência do cirurgião e da adequação ao paciente. Alguns aspectos importantes:

  • Identificar quem é um bom candidato (boa saúde, cicatrização adequada, expectativas realistas).

  • Utilizar técnicas modernas e seguras (infiltração correta, cânulas apropriadas, planos superficiais quando indicado).

  • Evitar injeções em planos profundos ou musculares, que aumentam risco de embolia.

  • Garantir estrutura adequada, esterilização, anestesia e suporte hospitalar, para minimizar riscos de infecção, necrose ou complicações graves.

Escolha consciente: o diferencial de um hospital de confiança

No Santa Sara Day Hospital, prezamos pela segurança, ética e excelência clínica. Antes de qualquer indicação, realizamos avaliação completa e transparente — com explicações claras sobre riscos, benefícios e alternativas. Nossos profissionais têm formação especializada, experiência e compromisso com a saúde e bem-estar do paciente.

Se você considera procedimentos estéticos ou reparadores, venha conversar conosco. Vamos juntos decidir, com responsabilidade e cuidado, o melhor caminho para alcançar seus objetivos com segurança.

Referências

  1. StatPearls. Autologous Fat Grafting for Facial Rejuvenation. NCBI Bookshelf — Complicações da lipoenxertia. NCBI

  2. Bechar, et al. A Systematic Review of the Literature and Meta-Analysis of Autologous Fat Transfer: Fat Transfer Confers a 4.2% Incidence of Complications. (2025). PubMed

  3. Meta-análise recente de enxerto de gordura intramuscular: taxa de complicações de 6,2%, risco de embolia gordurosa. LWW Journals

  4. Revista Brasileira de Cirurgia Plástica (2022). Análise de complicações de lipoenxertias realizadas entre 2015-2018 — reabsorção da gordura em 62% dos casos. RBCP+1

  5. The Aesthetic Surgery Journal / estudo sobre aumento glúteo com gordura: complicações sérias incluindo embolia, infecção, seroma. OUP Academic+1

  6. Facial Fat Grafting: Systematic Review of Complications and Critical Appraisal — avaliação de complicações de enxerto de gordura facial: irregularidades, nódulos, injeção intravascular, necessidade de reoperação. MDPI+1

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