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Silicone Industrial: o Perigo das Cirurgias Clandestinas

  • Foto do escritor: Mariana Goldstein
    Mariana Goldstein
  • 27 de set.
  • 4 min de leitura

Em busca de resultados rápidos e baratos, algumas pessoas recorrem à injeção de silicone industrial para aumentar seios, glúteos, coxas ou dar volume ao corpo. Essa prática, porém, é ilegal e extremamente perigosa — e representa tragédias reais, de saúde e de vida.


O que é silicone industrial — e por que ele não deve ser usado no corpo humano

O silicone industrial é uma substância desenvolvida para finalidades mecânicas e industriais: impermeabilização, lubrificação, vedação, pinturas, manutenção de máquinas etc. Nunca foi concebido para uso médico ou para injeção no corpo humano.

Para procedimentos estéticos seguros, utilizam-se próteses ou materiais aprovados, com controle rígido de qualidade — o que não ocorre com o silicone industrial clandestino.

Aplicar silicone industrial é, além de um risco para a saúde, um crime, sendo classificado como exercício ilegal da medicina e lesão corporal segundo a legislação brasileira.


Por que a cirurgia clandestina com silicone industrial é perigosa?

Numerosos estudos e relatos documentaram complicações graves — algumas irreversíveis — associadas ao uso deste material:

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    Infecções graves e necroses teciduais, muitas vezes com necessidade de remoção cirúrgica do material e de tecidos comprometidos.

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  • Granulomas, nódulos e deformidades permanentes — os tecidos reagem ao corpo estranho, formando fibrose ou endurecimento, e o silicone pode migrar para outras regiões.


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  • Complicações sistêmicas extremamente graves: embolias, insuficiência respiratória, hemorragias pulmonares — já houve relatos de mortes resultantes da injeção de silicone industrial.

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  • Dificuldade ou impossibilidade de remoção: uma vez injetado, o silicone industrial se espalha pelos tecidos; removê-lo completamente pode ser inviável, deixando sequelas permanentes.

Além disso, essas injeções costumam ser feitas por pessoas sem formação médica, em ambientes sem condições de assepsia ou segurança — o que intensifica o risco de eventos adversos.


Quem recorre a esse tipo de prática — e por que o problema continua

O uso de silicone industrial para contorno corporal ilegal é mais comum entre pessoas que:

  • Não têm acesso a cirurgias seguras (por limitações financeiras ou sociais)

  • Buscam resultados rápidos e de baixo custo

  • São influenciadas por promessas de “transformação rápida” feitas em clínicas clandestinas

Um estudo em São Paulo com pessoas trans e travestis estimou prevalência de uso de “ILS” (industrial liquid silicone) em cerca de 49%. Dentro desse grupo, 43% relataram problemas de saúde relacionados — como infecções, deformidades ou complicações pulmonares.

Outro levantamento global (até 2022) sobre injeções estéticas ilícitas apontou que as complicações mais frequentes foram: granulomas em 41,5%, problemas dermatológicos em 41,5%, infecções em 35,9% e complicações pulmonares em 34,5%.

Isso demonstra que o problema não é raro — e que as vítimas frequentemente pagam um preço

alto pela busca por estética rápida.


Por que a cirurgia plástica legal e segura é a alternativa correta?

  • Procedimentos seguros utilizam produtos regulamentados e aprovados por órgãos competentes.

  • A aplicação deve ser feita por profissionais habilitados, em ambiente hospitalar ou clínico adequado.

  • Com avaliação prévia, anestesia correta e técnica apropriada, os riscos são drasticamente menores — ao contrário do risco quase certo da injeção de silicone industrial.

  • A cirurgia legal respeita ética, segurança e bem-estar do paciente.

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Para qualquer desejo estético ou reparador, o caminho seguro é sempre procurar profissionais habilitados e regulamentados.


Quebrando o ciclo: conscientização e prevenção

Se você já viu ou ouviu alguém oferecer “silicone barato” em academias, salões, albergues, motéis ou lugares clandestinos — alerte-a para os riscos. Procure sempre clínicas registradas, profissionais com CRM/CREMESP, verifique se materiais são aprovados, e busque informação. Denunciar práticas ilegais é também um passo para proteger outras pessoas.


O compromisso do Santa Sara Day Hospital com segurança, qualidade e acessibilidade

No Santa Sara Day Hospital, acreditamos que estética e saúde devem caminhar juntas, sempre com responsabilidade e segurança. Por isso, oferecemos apenas procedimentos realizados por cirurgiões plásticos altamente qualificados, com décadas de experiência, utilizando materiais regulamentados e técnicas modernas reconhecidas pelas principais sociedades médicas.

Nosso compromisso é proporcionar resultados naturais, seguros e duradouros, sempre respeitando a individualidade de cada paciente.

Além disso, sabemos que a busca por autoestima não deve colocar ninguém em risco — e muito menos depender de alternativas clandestinas. Para tornar os tratamentos mais acessíveis, contamos com diversas opções de pagamento, incluindo facilidades e condições especiais, permitindo que os pacientes escolham procedimentos de qualidade que realmente cabem no orçamento, sem abrir mão da segurança. No Santa Sara Day Hospital, você encontra o acolhimento, a transparência e a excelência que merece.

Referências

  1. RBCP. Siliconomas — riscos do uso de silicone líquido industrial para contorno corporal. RBCP+1

  2. Use of Industrial Liquid Silicone: a Scoping Review. Estudo global de complicações de injeções ilícitas. BVS-Vet+1

  3. Relato de caso: complicação grave do uso irregular de silicone industrial em paciente transexual. Rev. Bras. Cir. Plást., 2020. SciELO+1

  4. Anvisa / Risco à Saúde: silicone industrial para uso estético. Alerta oficial contra uso. Serviços e Informações do Brasil+1

  5. Caso fatal de hemorragia pulmonar após injeção de silicone industrial. J. Bras. Pneumol., 2013. SciELO

  6. Alertas de autoridades internacionais: uso ilegal de silicone injetável pode causar sequelas graves e morte. U.S. Food and Drug Administration+1

  7. Reportagens jornalísticas sobre os riscos, deformações e sequelas do silicone industrial em procedimentos clandestinos. Canaltech+2SEGS+2

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